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… em algum ponto da Terra . 21/03 >> 17/04/14

… em algum ponto da Terra .

21/03 >> 17/04/14
21/03 >> 17/04/14
Artur Barrio
… em algum ponto da Terra .
Sobre

Em sua nova individual na Galeria Millan, ... em algum ponto da Terra ., Artur Barrio apropria-se do espaço expositivo, como que transformando-o em ateliê onde cria, poucos dias antes da abertura, uma situação ou experiência inédita, que poderá ser visitada entre 20 de março e 17 de abril.

A produção de Artur Barrio desafia o vocabulário artístico tradicional, de forma que a palavra “exposição” (e seu significado historicamente sedimentado) mal parece se adequar ao que o artista propõe com as ações que realiza em galerias e espaços institucionais. Mais que estender, reduzir ou distorcer a significação corrente de conceitos como espaço expositivo, obra de arte e exposição, Barrio opera a partir de outra lógica, questionando aquilo que está na essência de tais ideias e frustrando deliberadamente as expectativas que nos guiam, enquanto público de arte, ao entrarmos em contato com elas.

Ao reconhecer o modus operandi não só do sistema de arte, mas de sistemas em geral (incluindo o grande sistema do mundo), e não se identificar com eles, Barrio não se resignou a criar um trabalho que, ao se opor a tais ordenamentos, continuasse reconhecendo (negativamente) as mesmas questões essenciais; mais que isso, sua poética radical mostra que a desordenação, a quebra de fronteiras, o efêmero e a reversibilidade das situações são “exercícios de liberdade” de forte poder emancipatório.