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Emmanuel Nassar a Óleo 06/04 >> 08/05/10

Emmanuel Nassar a Óleo

06/04 >> 08/05/10
06/04 >> 08/05/10
Emmanuel Nassar
Emmanuel Nassar a Óleo
Sobre

Desta vez, a geometria e os ícones do universo popular brasileiro tão peculiares à obra de Emmanuel Nassar surgem através da tinta a óleo. São seis dípticos (1,80 x 1,80m) em grandes dimensões dispostos somente em uma das quatro paredes da sala principal da Galeria Millan. O conjunto de pinturas retoma os clássicos do repertório do artista  “voltado ao mundo das coisas pouco consideradas”, como costuma dizer. Com esta retomada da tradição pictórica, Nassar não deseja, contudo, que o suporte prevaleça sobre o olhar. “Com meu trabalho busco a estética do olhar e não a da linguagem”.

Nas novas telas insinua-se a gramática da fotografia. Tadeu Chiarelli já havia ressaltado certa edição fotográfica na pintura de Nassar. “É esse olhar contaminado pela fotografia – na aparência muito mais ativo que seu ‘olhar de pintor’ – que seleciona certos elementos do real, que os recorta, que os abstrai e os joga sobre o suporte. É esse olhar que sabe fazer o corte que tira formas harmônicas do presumido caos do entorno”, escreve o crítico (“Da fotografia à pintura à fotografia à pintura à fotografia”, A Poesia da Gambiarra, Catálogo da exposição realizada no Centro Cultural Banco do Brasil -RJ, em 2003, e no Instituto Tomie Ohtake, SP, em 2004 ).

Para o artista, como está no olhar a trama de sua arte, não importa o suporte, está mais interessado na diluição desses limites. Transitar entre as linguagens, criando até uma confusão para o espectador, faz parte da composição de sua poética particular, na qual o precário é sensível protagonista. Assim imagens que remetem a formas e cores circenses  (Alvo, 2010), ferramentas (Serras, 2010), elementos comuns nas ruas (Tapume, 2010), engenhocas (Maquinário, 2010 / Maquinário2, 2010) e brincadeiras espaciais com a cor (Inclinação Azul, 2010) compõem desta vez,  a óleo, o seu universo.