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Variações para Cítera e Santa Rosa 19/04 >> 20/05/17

Variações para Cítera e Santa Rosa

19/04 >> 20/05/17
19/04 >> 20/05/17
Nelson Felix
Variações para Cítera e Santa Rosa
Sobre

A Galeria Millan apresenta, entre 19/4 e 20/5, exposição inédita de Nelson Felix “Variações para Cítera e Santa Rosa”. A mostra, que ocupa os espaços da Galeria e do Anexo Millan, reúne esculturas e desenhos que refletem as ações do quarto trabalho da série Método poético para descontrole de localidade, iniciada em 1984.

“O Método poético, como expressa o título, visa traduzir uma ideia de espaço, de construção poética, que amalgama locais por meio do desenho e ações semelhantes”, explica o artista. Como uma ópera e seus atos, as três obras anteriores - 4 Cantos, Um Canto Para Aonde Não Há Canto e Verso –, foram realizadas em Portugal (2007/08), em Brasília (2009/11) e São Paulo (2011/13). E agora o quarto trabalho na Galeria Millan e no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, simultaneamente.

“Como nos livros de poesia moderna, em que desenhos ou gravuras criavam uma relação entre texto e imagem, o Método possui um processo similar. Nesse sentido, esculturas, desenhos, ações, fotografias, vídeos e deslocamentos ilustram um texto, formando uma noção de lugar, que submete-se a um desenho no próprio globo terrestre”, revela Nelson Felix.

Em Variações para Cítera e Santa Rosa, como no projeto no MAM carioca, Nelson Felix elege o poema de Mallarmé Um Lance de Dados Jamais abolirá o Acaso para desestruturar a ideia de um só espaço expositivo. Partindo desse princípio, ele lança um dado, com o número seis em todas as faces, sobre um mapa-múndi, em uma data e hora estabelecidas e em um local incidental do curso de uma estrada. O dado, jogado, define seu acaso, não mais pela aleatoriedade do número, mas sim pela aleatoriedade de sua posição indicada sobre o mapa. Com isso, o artista viaja a Cítera, ilha jônica grega e a Santa Rosa, no pampa argentino.

Serão expostos na Galeria e no Anexo Millan dezoito desenhos (em lacre, mármore, planta, cabo de aço, bronze e tecido) e sete esculturas (em mármore de carrara, bronze, planta e tv), que remetem ao poeta francês e aos espaços percorridos pelo artista. “Existe hoje um entrecruzamento de fatores físicos e não-físicos acoplados ao entorno da arte, fatores como: informações, significados, história, hierarquia, tempo etc.; o nosso espaço atual, pelo menos em arte, não é mais tão limpo. Neste quarto trabalho, como nos anteriores, também reúnem-se ambientes externos e internos, mas seu interesse encontra- se nos múltiplos significados criados no próprio sítio da exposição”, conclui o artista.