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Vrido 17/05 >> 11/06/16

Vrido

17/05 >> 11/06/16
17/05 >> 11/06/16
Dudi Maia Rosa
Vrido
Sobre

As cerca de 70 obras inéditas que compõem VRIDO, nome da nova exposição individual de Dudi Maia Rosa na Galeria Millan, são feitas em resina poliéster pigmentada, procedimento sobre o qual a produção do artista vem se debruçando há algumas décadas e que, nesta mostra, dá origem a novas “famílias” de trabalhos, algumas das quais “homenageiam” (nas palavras do crítico Rodrigo Naves, que assina o texto que acompanha a mostra) o artista Sergio Camargo, lançando mão de superfícies enervadas por formas pontiagudas, que ora recuam, ora avançam umas contra as outras e em diferentes direções.

Vale a pena notar, contudo, que esses trabalhos novos de Dudi não partem do raciocínio de uso de módulos que, como em Camargo, iam organizando superfícies expansivas ao passo que iam se somando uns aos outros. Em Dudi, o seccionamento das superfícies forma espécies de prismas que absorvem a luz e, de certa forma, a retêm dentro dos próprios corpos dos trabalhos, que, feitos em resina e portanto dotados de certa translucidez, não possuem frente e trás, superfície e estrutura.

Em VRIDO, Dudi reúne levas longas de trabalhos que reafirmam o tempo todo a onipresença das imagens no presente, mas especulando uma dimensão concreta dessas imagens – as obras se parecem ora com quadros, ora com telas de projeção, ora com vitrais e noutras, ainda, com relevos de Murano, objetos que insinuam possuir acontecimentos tridimensionais de cores e formas dentro de si mesmos mas que nem por isso deixam de ser superfícies transparentes de vidro. Os trabalhos de Dudi são ocasiões de corporeidade, de presença física, às quais as imagens (essas entidades abstratas que circulam livremente e não possuem nem tempo nem lugar) devem responder aqui e agora.