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ArPa 2024 | Vanderlei Lopes 28/06 >> 30/06/24

ArPa 2024 | Vanderlei Lopes

28/06 >> 30/06/24
Stand C1
São Paulo, Brasil
28/06 >> 30/06/24
ArPa 2024 | Vanderlei Lopes
Stand C1
São Paulo, Brasil
Sobre

A Millan apresenta o projeto Dois tempos na ArPa 2024, expondo obras inéditas de Felipe Cohen e Vanderlei Lopes. As mostras individuais têm como eixo temático a percepção da passagem do tempo pelos dois artistas. Nos dias 26 e 27 de junho, Cohen trata do tema em obras que oscilam entre a representação e a abstração. São pinturas de paisagens geometrizadas e objetos num jogo reflexivo de luz e sombra. De 28 a 30 de junho, Vanderlei Lopes ocupa o estande com uma série de esculturas que sugerem a suspensão do tempo, perpetuando o instante em que o fluxo de um “vazamento” de bronze dourado irrompe pelas paredes.

 

Vanderlei Lopes

Na ArPa 2024, Vanderlei Lopes apresenta trabalhos inéditos de sua consagrada série Vazamentos, na qual esculturas de bronze polido mimetizam um líquido dourado que escoa por buracos das paredes. São obras em franco diálogo com a arquitetura e que aludem a uma diversa gama de polaridades, como a realidade e a ficção, o perpétuo e o mutável, o mundano e o extraordinário.

O bronze materializa-se na forma de resíduos, rentes ao chão e à parede, irrompendo no ambiente a partir de buracos, cantos e frestas. Apresentados pela primeira vez em conjunto, esses trabalhos visam sobrepor seu fluxo perpétuo aos fluxos dos quais passam a fazer parte — seja aquele do stand da feira, o de um museu ou o de um ambiente residencial — como se estivessem prestes a encher e inundar o espaço expositivo.

Portanto, eles só se concluem como “obra” quando estão instalados de fato nas casas de seus colecionadores ou em museus, como conceitua o artista: “Nesses ambientes, espelham seu meio, seu próprio fluxo como testemunho de um momento da vida”. Questões de intimidade, afeto, gosto ou situações de poder são, de certa forma, impressos nas superfícies dessas obras.

“A propriedade reflexiva do bronze fundido tem um caráter ambíguo no trabalho de Vanderlei Lopes”, afirma a curadora Heloisa Espada no texto da individual do artista na Millan em 2023. “As peças da série Vazamentos, por exemplo, feitas a partir de 2010, ironizam a associação entre o dourado e a ideia de riqueza. Por outro lado, elas espelham o ambiente em que estão inseridas e quem as observa. (...) As obras colocam o visitante na posição de um Narciso, a exemplo da relação entre o espectador e a arte, marcada por sedução e estranhamento, identificação e recusa, mal-estar e prazer.”

Vanderlei Lopes (1973, Terra Boa, PR, Brasil) vive e trabalha em São Paulo. Seus projetos individuais incluem exposições na Millan (São Paulo, 2023), na Capela do Morumbi (São Paulo, 2017) e no MAM Rio de Janeiro (2014). Também foi destaque em coletivas em instituições como a Bienal de Arte Paiz (Guatemala, 2021), MuBe (São Paulo, 2019), Pinacoteca de São Paulo (2015), Sesc 24 de Maio (São Paulo, 2017), 7ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2009), entre outras. Sua obra está presente em importantes coleções públicas, como o MAM São Paulo, a Pinacoteca de São Paulo, o MAC-USP (São Paulo), o MAM Rio de Janeiro, o MAR (Rio de Janeiro), o Instituto Itaú Cultural (São Paulo) e o Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto), entre outras.

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