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Art Basel Miami Beach 2022 29/11 >> 03/12/22

Art Basel Miami Beach 2022

29/11 >> 03/12/22
Stand J10
Miami Beach, EUA
29/11 >> 03/12/22
Art Basel Miami Beach 2022
Stand J10
Miami Beach, EUA
Sobre

Para a Art Basel Miami Beach 2022, a Millan apresenta uma seleção de artistas cujas práticas abordam questões contemporâneas urgentes e avançam em debates artísticos em um contexto global.

A revisão das narrativas oficiais diante das visões decoloniais, a urgência da preservação ambiental e as fragilidades dos modelos das sociedades ocidentais, baseadas no desenvolvimento tecnológico, têm sido abordadas em várias exposições ao redor do mundo e são apresentadas em obras de artistas como Jaider EsbellVivian Caccuri e Emmanuel Nassar. Em vista das variadas rupturas colocadas atualmente, há também a busca por formas de apreensão e representação da realidade que escapam à racionalidade e se voltam ao subconsciente, à criação de narrativas e ao poder das experiências sensíveis, como proposto também pelas obras de TungaPaulo PastaPeter Halley e Alex Červený.

O artista, escritor e educador Macuxi, Jaider Esbell (Roraima, 1979 - São Paulo, 2021), construiu uma prática artística permeada pelo ativismo em defesa dos direitos indígenas e pela preservação ambiental. Sua obra apresenta a visão de mundo Macuxi e cria contrapontos às formas de organização das sociedades ocidentais, oferecendo alternativas para a compreensão de problemáticas globais no antropoceno. Nos últimos anos, seu trabalho ganhou reconhecimento internacional, com sua participação na 59ª Bienal de Veneza, na 34ª Bienal Internacional de São Paulo e, neste ano, na Trienal de Milão.

Também presente em Mondo Reale na Trienal de Milão, o trabalho de Alex Červený (São Paulo, 1963) constrói imagens que remontam ao universo da literatura, do fantástico, do mitológico e do surrealismo, bem como referências à música pop e à televisão, criando paisagens narrativas que lançam luz sobre temas ambientais, políticos e sociais.

A cultura pop e a música também figuram na obra Lava IV (2022), de Vivian Caccuri (São Paulo, 1986), que utiliza telas de mosquiteiro como base para desenhos feitos com linhas, bordado e miçangas, criando um objeto que, quando ativado pelo vento, produz seu próprio som. Em novembro, Caccuri inaugura a exposição The Shadow of Spring em colaboração com Miles Greenberg, no New Museum, em Nova York.

Com ironia e humor, Emmanuel Nassar (Capanema, 1949) apropria peças de metal descartadas e pinta sobre elas logotipos do capitalismo global, tecendo um comentário contundente sobre tecnocracia, a cultura de consumo de massa e as relações de subalternidade entre o sul global e os centros hegemônicos. As Chapas de Nassar (2009 - 2022) estabelecem um diálogo com a tradição da arte brasileiras do século XX, em especial com o construtivismo e a pop arte, que abordavam a identidade nacional e as noções de progresso e subdesenvolvimento.

Peter Halley (Nova York, 1953), conhecido por suas pinturas abstratas planas e fluorescentes que enfatizam cores e sistemas, emprega a linguagem da abstração geométrica para explorar a organização do espaço social na era digital. Em suas obras, também cria diálogos com a arte moderna, utilizando o suporte tradicionalmente contemplativo da pintura para comentar sobre a fragmentação da experiência real na era digital e das mídias sociais.

A potencialidade da pintura e do abstracionismo na mediação da realidade também é expressa no trabalho de Paulo Pasta (Ariranha, 1959), um dos principais pintores de sua geração. Pasta constrói exuberantes campos cromáticos, que convidam o espectador à observação atenta, suspendendo o tempo cotidiano e recuperando a habilidade da arte de estabelecer relações com os sentidos e o sublime.

A convergência das experiências metafisica e artística é um aspecto marcante na obra de Tunga (Pernambuco, 1952 - Rio de Janeiro, 2016). Com uma prática que abrange escultura, instalação, desenho, vídeo e, de forma pioneira, a performance, as obras de Tunga oferecem experiências desconcertantes que apelam aos sentidos e operam em repertórios eróticos, espirituais, alquímicos, físicos e psicanalíticos. Um dos artistas mais renomados do país, ele foi o primeiro artista brasileiro a expor no Museu do Louvre, em 2004. Para ArtBasel, a Millan selecionou duas obras históricas do artista: Albinos (1982), exibida pela primeira vez na 41ª Bienal de Veneza, assim como uma obra da série Palíndromo Incesto, chave da poética e do vocabulário visual criado por Tunga, com elementos como agulhas e dedais, fios de cobre, ímãs e limalhas de ferro.