Para essa edição da feira, apresentamos o projeto Limiares da expressão, que traz uma seleção de trabalhos de artistas de diferentes gerações. Em uma conjunção de técnicas e histórias, podemos encontrar um espaço de passagem entre o que cada objeto pode expressar. Este projeto se ocupa dos caminhos possíveis que percorrem os espaços de expressão no conjunto apresentado, enlaçando-o em uma narrativa única.
Dessa forma, três sentidos da palavra “limiar” são evocados para apontar o eixo organizacional: o primeiro indica a passagem de uma porta, sua soleira; o segundo traz a ideia de transição — ao cruzar a porta, adentra-se um novo ambiente. E em um terceiro sentido, instituem-se os limites de determinado fenômeno. Limiares da expressão é assim a soleira de muitas portas que se abrem por meio da diversidade de construções pictóricas, da conformação do espaço e da imagem.
Os trabalhos que se lançam no estande operam como espelhos que distorcem dimensões e convenções e remetem diretamente à ideia de um portal que se abre ao desconhecido e à sua potência de transição. Nestes trabalhos, os mais diversos componentes intermediam o meio do caminho: ímãs, garrafas, vidro, aço, bronze, quando não a própria tinta que se sobrepõe à tela. Estes elementos são capazes de formar prismas ao olhar do espectador, que transformam a percepção de cada trabalho em conjunção com o todo.
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