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Zona Maco 2022

Cidade do México, México

9 a 13 de fevereiro de 2022

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Foto: Nattan Guzman

Miguel Rio Branco, Thunder dog, 1998-2019

Miguel Rio Branco

Thunder dog, 1998-2019

Impressão jato de tinta em papel Hahnemühle Photo Gloss Baryta 320g

120x120cm

Rubem Valentim, Emblema 85, 1985

Rubem Valentim

Emblema 85, 1985

Acrílica sobre tela

41 x 27 cm

Thiago Martins de Melo, Entardecer do último dia, 2021

Thiago Martins de Melo

Entardecer do último dia, 2021

Óleo sobre fibra de vidro

83x51,5x13cm

Foto: Bruno Leão

Rufino Tamayo, Desnudo en rojo, 1977

Rufino Tamayo

Desnudo en rojo, 1977

Óleo sobre tela

194x130cm

Press Release

A Galeria Millan, em parceria com a Almeida e Dale, tem o prazer de anunciar a participação na Zona Maco 2022. A seleção de trabalhos apresenta um sobrevoo pela história da arte brasileira sugerindo linhas de aproximações entre as produções de artistas modernistas com outras tradições nacionais, latino-americanas e contemporâneas.

As pinturas de Candido Portinari e Di Cavalcanti se aproximam dos quadros dos mexicanos Diego Rivera e Rufino Tamayo. Treinados nas técnicas da pintura e do mural, os quatro artistas convergem também em relação ao tema, ao abordarem elementos da cultura popular, regional e autóctone. Informado fortemente por temas de tradições religiosas e populares, as pinturas de paisagens e festas juninas de Alfredo Volpi integram a seleção. A produção de Eleonore Koch, aluna de Volpi, manifesta qualidades similares às do seu mestre, como a redução formal dos objetos, o uso contido da cor e certa tendência à abstração. Seus quadros apresentam ainda influência da pintura metafísica e os objetos se prestam ao ofício do pintor em tom espiritual. As tradições religiosas, sobretudo de matriz afro-brasileira, bem como motivos e objetos da cultura material de matriz popular instruem as produções de Rubem Valentim e Mestre Didi. No primeiro, a repetição formal e a composição estrutural do campo pictórico são técnicas apropriadas do construtivismo e conjugadas aos motivos e emblemas religiosos na criação de um universo simbólico próprio. A partir dos anos 1980, Mestre Didi inicia o período áureo do seu trabalho escultórico que materialmente simboliza entidades iorubaianas.

Seguindo um inventário formal e temático moderno, Ana Prata e Guga Szabzon, cada uma a seu modo, decompõem e desconcertam técnicas de figuração e abstração – obras nas quais a construção pictórica trilha caminhos tortuosos e improváveis. Em seus trabalhos recentes, Rodrigo Andrade dá destaque aos motivos ornamentais do modernismo, reabilitando-os em blocos monocromáticos que se sobrepõem e contaminam no espaço pictórico. Nas composições de Maya Weishof e Thiago Martins de Melo, por sua vez, os contrastes cromáticos vibrantes e sincopados se destacam pela densidade da tinta sobre a tela, tal ênfase na materialidade se radicaliza nos materiais modestos, contorcidos e informes que Henrique Oliveira utiliza de suporte para a pintura. Já no trabalho de Paulo Pasta, as variações cromáticas suaves em blocos de linhas ortogonais, formando cruzes e pilares, veiculam uma ideia de temporalidade transcendental. A densidade e a conjunção qualificam as esculturas de Tunga, onde matérias distintas se opõem e contaminam mutuamente. No trabalho de Artur Barrio, objetos precários de uso cotidiano se conjugam em espécies de kit de sobrevivência armazenados num saco com a inscrição “transportável”. A aproximação entre texto e imagem acontece ainda nas esculturas de Vanderlei Lopes, nas quais o bronze é fundido e pintado manualmente como páginas de jornais, com matérias que anunciam catástrofes políticas e sociais que tomam lugar nos centros urbanos. O colapso da vida urbana, assunto que remonta ao início do modernismo, é também retratado com frequência nas fotografias de Miguel Rio Branco.