Rio de Janeiro, Brasil
![](https://millan.art/wp-content/uploads/2024/10/0_feed_template_48.jpg)
Em 2 de outubro, acontece a abertura de Fullgás - artes visuais e anos 1980 no Brasil, no CCBB, Rio de Janeiro.
A exposição tem curadoria de Raphael Fonseca, Amanda Tavares e Tálisson Melo e apresenta um panorama das artes visuais brasileiras de uma década marcada pela experimentação artística e pela redemocratização.
A mostra conta com obras de Alex Červený, no núcleo O tempo não para; de Emannuel Nassar, em Que país é este; de José Bento na seção Beat acelerado; e de Nelson Felix no núcleo intitulado Pássaros na garganta.
Fullgás fica em cartaz no Rio de Janeiro até 27 de janeiro e, em seguida, seguirá para os CCBB's de São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.
O núcleo O tempo não para, reflete sobre a passagem do tempo, conectando-se também com o nome da exposição, Fullgás, música de Marina Lima. “Este núcleo reúne obras que pensam a respeito da finitude e de como há uma discreta melancolia em todos os elogios ao excesso tão atribuídos aessa geração”, contam os curadores.
Que país é este reflete sobre o fim da ditadura militar e a passagem para a democracia. “Este núcleo traz questões relativas à política e à economia, debates em torno da Constituição, organização civil, variação das moedas, inflação, além de questões relativas à violência, pensando na herança da década de 1970 e da ditadura militar. Todos esses elementos estão colocados de uma maneira que questiona e tenta definir os rumos do país, a ideia de nação através de identidade e território”, contam os curadores. Desta forma, estão neste núcleo movimentos negros, de mulheres, indígenas e seringueiros, além do movimento punk, vinculado a debates políticos e sociais, assim como os debates em torno da Constituição e da redemocratização.
Enquanto, Beat acelerado traz obras e artistas que preferiram enfocar na nova aceleração do tempo, nos amores efêmeros, no prazer e na paixão pela cor. “Esse títuloremete ao corpo, à batida do coração, à empolgação, ao frenesi, e está mais em diálogo com artistas associados à pintura e ao desenho, com a comemoração e a negação da austeridade da arte dos anos 1970, que era vista como muito racional”, afirmam os curadores. Este é o maior núcleo da exposição e tem muitas obras onde a cor desempenha um papel central.
Por fim, em Pássaros na garganta estão presentes artistas que observavam mais a natureza e as discussões ecológicas do momento, assim como questões relativas à propriedade de terra e as consequências trágicas do capitalismo selvagem.
ver maisMilão, Itália
Porto Alegre, Brasil
Porto Alegre, Brasil
Porto, Portugal
Brumadinho, Brasil
Buenos Aires, Argentina
Cambridge, Massachusetts, EUA