Pagã narra um ritual de celebração do corpo da mulher, de seu prazer, de sua liberdade e de sua vívida insubordinação. Concebido por Regina Parra (São Paulo, 1984) como uma mostra e um programa de performances para o segundo andar da Pinacoteca Estação, o projeto transdisciplinar aproxima as artes visuais de outras linguagens, como o teatro, a música, a literatura, a dança e o cinema. Nessa obra, concebida como uma tragédia com nove cenas, a artista entrelaça diferentes narrativas e tempos: a mitologia grega: a Vila dos Mistérios (sec. II a.C) em Pompeia, Itália, o livro A paixão segundo G.H. (1964), de Clarice Lispector, e tantas outras histórias protagonizadas por mulheres. Editado como um libreto teatral, este catálogo apresenta as rubricas de todas as cenas que compõem o roteiro de Pagã, além de uma entrevista com Regina Parra e informações sobre os principais colaboradores do projeto.  No mapa desse grande labirinto, estão dadas algumas pistas para atravessá-lo.