Em 1988, eu decidi que a minha vida era arte.

Eu compreendia arte como sendo uma sequência de experiências profundamente enraizadas no meu entorno e nas relações que eu estabelecia em minha vida diária.

Neste mesmo ano, iniciei o Projeto de Performance de Dez Anos (1988-1997). Esse projeto consistia no registro diário, ao final do dia, de um mapa mental em livros, pelo período de dez anos.

Os mapas depois eram transferidos para outros suportes chamados de Grandes Telas, consistindo de grandes séries anuais de trabalhos (1º de janeiro a 31 de dezembro).

Decisões conceituais do projeto:

• -  O projeto teria a duração de dez anos, encerrando-se em 1997.

• -  Os mapas seriam produzidos diariamente, no final do dia.

• -  Os mapas seriam transferidos para diversos suportes, como material base para as Grandes Telas.

• -  Eu iria usar o mínimo de tempo possível para produzir os mapas.

• -  Eu iria reduzir a minha produção ao mínimo necessário.

• -  Eu iria trabalhar com materiais baratos.

• -  Eu só iria expor em locais públicos ou que não cobrassem entradas.

• -  Eu não iria vender o meu trabalho.

Durante este processo, descobri que o conceito de “rotina” se tornou o elemento central do meu projeto.