As esculturas de Túlio Pinto sugerem uma linha de tensão provocada pelo contraponto de materiais precários – naturais e industriais – como vidro, água, ferro e pedra. Uma superfície tênue de inversão de poderes e forças. Os opostos.
Túlio começou sua carreira como pintor e chegou a pensar que este seria seu caminho, mas após um curso no Parque Lage com Charles Watson o seu trabalho atingiu uma nova dimensão. Começou a experimentar, de forma intuitiva, o exercício de se trabalhar com as coisas do mundo.
Os trabalhos nascem de um processo que transita entre a precisão cartesiana e a subjetividade poética que emerge dos diálogos entre os materiais escolhidos pelo artista. Cubo, planos; corda, linha; pedra, ponto; vidro, veladura. Túlio faz uso de seu vocabulário matérico assim como um pintor utiliza as paletas de cor.
Túlio Pinto é um importante escultor brasileiro. Participou de notáveis exposições coletivas como Nova Escultura Brasileira, na Caixa Cultural do Rio de Janeiro e Projeto Tripé – Paralelo 30, no Sesc Pompeia. Além das individuais Trajetórias Ortogonais, no Instituto Goethe e Ground Control, na Humo Gallery, em Zurique.