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Pedras e bichos d’água 24/06 >> 22/07/23

Pedras e bichos d’água

24/06 >> 22/07/23
24/06 >> 22/07/23
Marina Woisky
Pedras e bichos d’água
Sobre

Pedras e bichos d’água, primeira exposição individual de Marina Woisky (1996, São Paulo), será inaugurada na Millan em 24 de junho, sábado. O texto crítico da exposição é assinado pelo curador Germano Dushá.

Pedras e bichos d’água é composta apenas por obras inéditas, criadas a partir da apropriação de imagens e combinação de processos de estamparia, costura e preenchimento de tecido com cimento e manta acrílica, transformadas em animais e paisagens que se mesclam em imagens intricadas de cenas extraordinárias e quiméricas.

A artista utiliza como substrato para sua produção imagens de objetos decorativos e de ornamentos com representações de animais e da natureza — como caixas de laquê, esculturas de jade da Ásia e ornamentos arquitetônicos do barroco brasileiro. Woisky, então, expande, recorta e edita essas imagens, que depois ganham intervenções com costura ou pintura antes de serem “estofadas” com uma mistura de cimento. Algumas das peças são, ainda, cobertas com resina, que as deixam com um aspecto brilhoso de pedras molhadas.

“Interessada pela transmutação da mágica que envolve esses seres e lugares quando inspiram objetos corriqueiros, Marina discute os meandros da produção imagética contemporânea, esmiuçando o estatuto estético da decoração, desde noções mais clássicas, passando pelo pastiche e pelo kitsch, até a cultura de massa e o advento digital”, escreve Dushá no texto que acompanha a exposição.

Como sugerido pelo título, a exposição constitui uma paisagem insólita. Repleta de imagens de cachoeira e de animais, após passarem por dezenas de transposições de mídia e materialidade se tornam difíceis de decifrar, transformadas em seres limítrofes, como se vistos sob a refração da superfície de uma corredeira.

Marina Woisky (1996, São Paulo) é formada em Artes Visuais pela Unesp (2021). Além de Contra-flecha (2023), na galeria Almeida & Dale, em São Paulo, ela participou de Still Life/Still Living (2023), na Olhão, São Paulo, de Abre Alas 17 (2022), na A Gentil Carioca, no Rio de Janeiro, entre outras exposições coletivas.

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