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Artur Barrio, que desde o final dos anos 60 irrompeu no cenário das artes visuais, mantém-se fiel as suas convicções e como crítico ferrenho da realidade socioeconômica, ético-político e estética continua expressando sua poética com uma coerência implacável e pouco digerível às classes dominantes. Conforme colocou o crítico Carlos Basualdo “a obra do Barrio destaca-se pela sua sobriedade intelectual, pela clareza extrema das operações artísticas que realiza e pela firmeza que se manteve fiel às consequências do seu pensamento”.

Barrio assim descreve a presente exposição: “Os dois espaços vazios que determinam a Galeria Millan Antonio serão utilizados/criados por mim, Artur Barrio, sem um plano ou projeto pré-estabelecido em relação a esses mesmos espaços, podendo os mesmos serem considerados como uma extensão de um caderno-livro e consequentemente um espaço-ateliê aberto ao provável-improvável.