“A obra de Thiago pode ser vista como uma busca pelo prolongamento do ciclo contínuo da natureza”, escreveu a crítica de arte Luísa Duarte. Movimento e natureza, dois pontos chaves da poética do Thiago, estão presentes nesta mostra, composta por 4 filmes condensados numa videoinstalação, aquarelas, fotografias e uma escultura, que se articulam na relação fogo/água, luz/sombra, celeste/ctônico.
Os filmes, todos inéditos, são a espinha dorsal da exposição. Estes criam um diálogo permanente entre o elemento natural e o artificial. Rodados no interior de Minas Gerais, dão continuidade à pesquisa iniciada em Homenagem a William Turner, obra recentemente apresentada na Trienal de Nova Délhi, onde uma cena se desenvolve dentro de um plano fixo e contínuo.
Os vídeos Sublimação e Precipitação, Condensação Zênite, Fonte Dupla e Zênite Invertido, são unidades autônomas mas mantêm estreitas relações entre si, como se fossem partes de um mesmo corpo, ou fases de um animal que não pára de se metamorfosear.
As fotografias são still dos filmes e como as aquarelas fazem alusão ao prolongamento da relação entre obra de arte e natureza. A escultura inédita, Paisagem Cozida é a versão escultórica do filme Fonte Dupla e será perfomatizada apenas na abertura, pois assim como o filme, tem uma duração no tempo.