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Art Basel 2023 13/06 >> 18/06/23

Art Basel 2023

13/06 >> 18/06/23
Stand D15
Basiléia, Suíça
13/06 >> 18/06/23
Art Basel 2023
Stand D15
Basiléia, Suíça
Sobre

Em sua participação na Art Basel 2023, em Basileia, na Suíça, a Millan apresenta uma única  e emblemática obra da artista Ana Amorim (1956, São Paulo, SP), a Quarta Grande Tela [Large Canvas 4]. Com curadoria de Gabriel Pérez-Barreiro, o projeto tem o objetivo de contextualizar e apresentar ao público global a singular prática de Amorim.

A obra consiste em 318 tiras de tecido, com registros diários durante o ano de 1991, quando foi produzida. Cada uma destas tiras traz o registro das rotas diárias em duas cores: preto para os trajetos corriqueiros e vermelho para os novos. Elas também trazem um pedaço de tecido recortado de objetos pessoais e a performance Contar Segundos, dos 3.600 segundos que compõem uma hora, no tempo da própria artista.

“No decorrer do ano, comecei a questionar a minha produção das Grandes Telas anuais. Aos poucos e relutantemente, os registros começaram a se dissipar e eventualmente as últimas peças foram deixadas em branco”, explica Amorim sobre a obra que cobre as três paredes do stand D15.

Com uma prática artística conceitual centrada no fato de estar viva no mundo, Amorim trabalha com diferentes formas de registros: dos seus deslocamentos, do tempo e da própria vida. Desde 1987, ela realiza performances de longa duração que envolvem o registro de mapas mentais. Mas sua trajetória artística é guiada pelas decisões apresentadas em dois textos fundamentais para a sua carreira.

Em 1988, ela escreveu Decisões conceituais, o manifesto que guiaria sua produção para os dez anos seguintes —  chamado por ela de Projeto de Performance de Dez Anos —, com definições muito estritas como “Eu iria trabalhar com materiais baratos” ou “Eu não iria vender o meu trabalho”. A Quarta Grande Tela é parte do Projeto Performance de Dez Anos.

Em 2001, ela desenvolveu as ideias do primeiro manifesto em um Contrato de Arte, no qual ela afirmava que “nenhuma organização/indivíduo ou seus patrocinadores podem usar seus logos corporativos quando qualquer um dos meus conceitos e/ou imagens são exibidos”. Os termos eram propositalmente tão rigorosos que a mantiveram afastada do circuito artístico. Embora a circulação do seu trabalho tenha se mantido restrita, a artista continuou a produzir diariamente no período de 15 anos de vigência do contrato.

Em texto que acompanha o projeto na Art Basel, Pérez-Barreiro afirma que “A obra de Amorim atravessa duas importantes tradições na prática da arte contemporânea. De um lado, a ideia de arte produzida mediante instruções e contrato (...) segundo a qual o artista assume o controle da distribuição e circulação de seu trabalho. A outra tradição é a que rompe com as divisões entre o mundo da arte e a vida cotidiana”, que se relaciona às vanguardas históricas, ao Fluxus e aos Situacionistas.

preview days: 13/06—14/06/23
public days: 15/06—18/06/23

Leia o texto curatorial de Gabriel Pérez-Barreiro

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