Por meio da pintura, Fran Chang constrói paisagens nas quais a extensão atmosférica do horizonte se contrasta com as dimensões da tela. Inspirados em lugares inóspitos, destituídos de figuras humanas e vegetação, os trabalhos da artista apresentam cenários etéreos e lunares, onde o vapor, a água e o gelo predominam.
A escolha da seda como superfície para a criação pictórica —material que dialoga com sua ancestralidade taiwanesa— reforça o caráter diáfano de suas obras e revela o chassi que as sustenta, estabelecendo, assim, um diálogo com a tradição da pintura.
Ao representar cenas de um mundo em dissipação, seu trabalho diz respeito à experiência contemporânea: de uma relação com a natureza mediada por imagens digitais, da intangibilidade do mundo natural e do potencial ambíguo do silêncio e da solidão.
Fran Chang tem Bacharelado em Artes Visuais. Também tem extensão acadêmica em Astrofísica e Astronáutica na Universidade Federal de Santa Catarina. Sua obra é parte do acervo do Museu de Arte do Rio, no Rio de Janeiro. Em 2020, foi premiada no edital Arte como Respiro do Itaú Cultural.
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